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Infelizmente o barato(as vezes nem sempre) sai caro! Sistemas Fotovoltaicos, impactos de projetos/equipamentos executados de forma errônea.

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Raniere Steckert Marcello

Formado em Engenharia Elétrica pela UDESC e com MBA em Gestão Empresarial pela FGV | CREA SC 071339-2

  Como escutei de um empresário respeitado de nossa cidade, todo vendedor oferece e promete ao seu cliente ter a melhor solução, o melhor preço e o melhor equipamento.

É claro que o equipamento é um item essencial pra se obter bons resultados em um projeto fotovoltaico, mas não é somente ele quem determina um projeto fotovoltaico com sucesso. Trabalhando a 4 anos com projetos, instalações de solução de energia fotovoltaica tenho visto dia a dia, muitas aberrações e falsas promessas. Projetos com equipamentos que chamo de “segunda linha” e projetos e instalações completamente desobedecendo normas e principalmente as características técnicas dos módulos, inversores com suas limitações sejam de potência, tensão, associação de módulos. Colocando sempre em risco os equipamentos, risco de acidentes (incêndio, elétricos) e o mais importante, a diminuição de energia produzida pelo sistema fotovoltaico.

O cliente após adquirir o seu sistema, dificilmente faz comparativos com o que seu “vendedor” prometeu, pois concentra sua energia no seu negócio, algo que é de se esperar. Sabendo destas distorções, dificilmente esses vendedores/empresas apresentam resultados mensais, ou mesmo anuais demostrando que o sistema realmente produziu o que foi prometido, pois demostrariam que o que foi prometido nunca poderá ser cumprido.

Para efeito de ilustração comparamos um dos sistemas instalados pela nossa empresa Steckert Engenharia na cidade de Turvo – SC com um outro sistema de uma empresa concorrente na mesma cidade para demostrar como o cliente não tem o retorno prometido.

Todos os dados foram retirados dos sistemas de monitoramento dos sistemas que se encontravam abertos ao público. Abaixo apresentamos para efeitos comparativos as produções da usina da empresa concorrente também para os meses de Janeiro e Fevereiro do ano de 2020.

Uma rápida análise, sem se aprofundar em dados quantitativos e de rendimento dos componentes, podemos verificar que se tratam de dois sistemas com módulos de 330W policristalinos, inversores de 50kW (no da concorrente instalado em local abrigado e com baixa ventilação), opção adotada por se tratar de uma unidade remota. Outro fator importante é que a unidade instalada em solo está apontada diretamente ao norte, e com inclinação recomendada para este tipo de sistema, o que deveria apresentar resultados melhores.

Quanto a análise quantitativa temos no sistema da concorrente um sistema com 20 módulos extras, ou seja, esta usina de solo tem 7,7% de potência instalada em comparação com a de telhado (Steckert Engenharia), são 61,2kWp contra 56,8kWp da usina referência da Steckert Engenharia. Abaixo apresentamos a tabela comparativa de potência e produção dos dois sistemas.

É evidente a grande diferença entre os sistemas instalados, mesmo a usina da concorrente sendo quase 8% maior, produziu respectivamente -31% em Janeiro/2020 e -19% em Fevereiro/2020. É claro observar a grande diferença de perda de produção em sistemas que são semelhantes em equipamentos, sejam módulos e inversores. Apesar da opção em solo (concorrente) ter o melhor apontamento ao sol e melhor inclinação.

Mas a questão, verificando sistemas praticamente idênticos onde ocorre essa quebra de produção? Qual o motivo para que sistemas semelhantes tenham tanta diferença em produção? Onde o cliente errou na escolhe de um sistema que gerou quase 25% menos energia?

Como a abordagem não fez a análise in loco da concorrente para verificar problemas nas instalações ou mesmo instalações com arranjos errôneos do módulos, é fácil observar que talvez estes itens tenham ocorrido nas instalações do cliente. Tensões de arranjos erradas, fazendo com que o sistema não gere quando ocorrer baixa incidência luminosa, falta de ventilação do inversorinversor de baixa qualidade, onde a saída de energia seja prejudicada pelo aquecimento geral do inversor, em que ele diminui a potência de saída para proteção do componentes internos produzindo muito menos energia do que operando em 100%, ou até mesmo equipamento com defeito, apesar da usina não ter operado por 12 meses completos.

Fica cada dia mais claro, que o equipamento, projeto e instalação bem executados definem o sucesso do projeto, ou seja, que a produção de energia seja realmente a prometida ao cliente final quando na apresentação da proposta ao cliente.

Infelizmente é uma pena, pois este cliente nunca fará uma comparação com outro sistema em funcionamento, não encontrando qualquer evidência de que foi “enganado”. Crê ele que seu sistema esteja operando da melhor forma possível, assim como aquele vendedor/empresa, que igual a muitos outros prometem ter a melhor solução e o melhor equipamento para seu sistema fotovoltaico.

Fica cada dia mais difícil comprovar a competência nos projetos que oferecemos, na qualidade dos produtos em que trabalhamos. Pois tudo isso, equipamento, treinamento, engenharia tem um custo mais elevado em empresas que trabalham e entregam sistemas que realmente cumprem o prometido.

Infelizmente aquele velho dito, se torna evidente, O BARATO SAI CARO!

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