Você já deve ter notado nas cidades, e principalmente nos bairros residenciais, telhados exibindo os painéis solares. Ou quando viajamos pela rodovia ao longo da estrada fileiras de painéis normalmente gerando energia para as indústrias ou estação de pedágio próxima.
Mas afinal, quais são as diferenças de um sistema instalado diretamente no telhado para um que precisa ser fixado no telhado? Vamos analisar a diferença da instalação, do preço e da manutenção nas duas situações.
Quando se pesquisa sobre energia solar em solo no Google a maioria das imagens que aparecem são de placas instaladas próximas de grandes usinas. Com isso, cria-se o estigma de que um sistema instalado diretamente no solo é caro demais e acessível apenas às grandes indústrias, o que não é verdade!
Para instalar diretamente no solo existe sim um custo de além de ser necessário um estudo ambiental e do solo feito por um engenheiro civil, a fim de garantir uma fixação segura e sem agredir o terreno ao longo dos anos que o sistema operará.
Após o estudo do engenheiro civil pronto, começa a fixação das sapatas (suporte de concreto que permite a fixação da estrutura) em solo. Também, a passagem de cabo subterrâneo para maior segurança do sistema e por fim, a colocação das placas e inversores.
É mais fácil encontrarmos sistemas instalados em solo fugindo do perímetro urbano porque é necessária uma grande quantidade de área que não poderá ter outra serventia além da geração de energia, também é preciso criar barreiras físicas para impedir a aproximação do público. Tanto por segurança do sistema para que ninguém o danifique quanto das pessoas, visto que há equipamentos elétricos que precisam ser manuseados por técnicos treinados.
Quando se prepara um projeto para um sistema de solo temos que levar em conta que a estrutura de fixação deve ser mais robusta, aguentar maiores velocidades de vento, uma boa concretagem de fixação, mão de obra e certificados de liberação ambiental. Tudo isso gera um custo a mais que inicialmente assusta porém, existem 2 grandes vantagens que podem ser observadas quando comparamos duas usinas de mesma potência porém uma instalada em solo e outra no telhado:
- Liberdade para escolher a melhor posição. Como a inclinação e a direção das placas não se encontram limitadas ao telhado, o projetista está livre para encontrar a posição com o melhor aproveitamento do recurso solar. Uma diferença pequena na inclinação como por exemplo 5 graus de inclinação pode parecer pouco, mas possui um grande impacto na geração anual.
- Maior ventilação nos equipamentos. É fácil fazer a analogia de que quanto mais calor mais energia o sistema está gerando, mas cada equipamento possui a sua curva de Eficiência Vs Temperatura e caso a temperatura ultrapasse um certo limite o equipamento “desliga” para a sua própria proteção.
Como podemos verificar no gráfico disponível no datasheet do módulo CS3W-450MS da CanadianSolar quando a temperatura da superfície atinge temperaturas superiores a 25° quanto mais placas em série, maior a probabilidade do conjunto ultrapassar a tensão limite e por fim, acabar com sua corrente reduzida à zero, ou seja, parando de gerar energia.
Não existe um sistema certo, cada situação é única e cabe ao projetista calcular os custos e a economia gerada para cada sistema dimensionado e assim decidir qual traz mais benefícios ao cliente.
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